quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

a amizade


A amizade consegue ser tão complexa...
Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes

Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-os

Sem pensar conquistamos
O mundo geral
e construimos o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha

Estrelinhas...
Doces, sensiveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da Amizade...
desconhecido

Mulher e menina

Sou assim pequenina 
Metade mulher...metade menina
Sou a menina que canta
que brinca e ri
Sou a menina 
que corre pela calçada...despreocupada
Sou a mulher que sonha em ser amada 
Mas por um amor fatal
Daqueles devastador...e verdadeiro
Nao somente um amor carnal
Um amor verdadeiro
a alma gemea encontrada
Menina ou mulher 
Mulher ou menina 
Que a vida ensina 
A viver assim
Mesmo que este viver 
Seja um sonho sem fim

O QUE E UMA MENINA?



Desde o começo sabemos: as meninas nascem cheias de fitas, laços e dengues. Ninguém se engana com elas. Aos poucos dias de vida aderiu à mãe e começa a manobiá-la, entre 2 e 3 anos faz gato-sapato do pai, dos 4 aos 5 em diante aciona tios, avós e amigos da casa com a maior naturalidade.

Enquanto for 
menina (e daí pela vida afora) jurará de pés juntos que não pretende manobrar ninguém.E é verdade. A partir dos 3 anos está habilitada a tomar conta de uma boneca como pequena mãezinha; aos 5 fará comidinhas e operará vassouras
duas vezes maiores do que ela; aos 6 pode atuar como babá de irmãos menores e aos
7 estará dirigindo a casa, estalando ovos para o pai, passando pito nas empregadas.
Para os meninos as meninas são trombolhos quando se metem nos "brinquedos
de homens", mas quando não há companheiros são parceiras ideais na maquinação
de travessuras, nas grandes expedições de territórios, nos encargos de ordenanças.
Como as rolinhas, meninas formam bandinhos que estão sempre juntos.
A despeito das predileções, fofocas e discriminações que agitam essas pequenas
colméias, elas não se desmancham nunca, pois são feitas para isso mesmo.
Um dia a menina vai vestir o vestido de baile da mamãe, calçar seus sapatos
de salto alto, pintar a cara de rouge e batom, se perfumar com o vidro inteiro
de Chanel n°5. Outro dia desfará todo o guarda-roupas para polvilhar de talco os lençóis, as colchas, as fronhas, os guardanapos, as toalhas de banho, de rosto, 
de mesa e, por fim também a irmãzinha menor. (Nesta última operação

o talco poderá vir a ser eventualmente substituído por creme hidratante,
mel de abelhas e até mesmo por molho de macarronada).
Meninas gostam de vestidos e sapatos novos, principalmente de sapatos.
Adoram colares, anéis e pulseiras, dos quais se livram tão logo a mãe não esteja
olhando. Entram em salões de festas como princesas caminhando para o altar
- e quinze minutos depois se transformaram miraculosamente em gatas-borralheiras.
Nas casas onde há meninas, as mães se vestem e se cuidam melhor a fim
de não serem passadas para trás; os meninos não se comportam melhor (pelo
contrário) mas aprendem a dar flores de presente; os pais se tornam mais empostados
e gentis, para não perderem sua posição de príncipe e sua imagem de rei.
Uma menina - se disse - é uma flor: uma mensagem de pureza, uma beleza
gratuita e permanente, um gesto sempre inesperado de bondade e de carinho.

Uma menina - como se disse - é um poema: nunca dará a ninguém a dureza

necessária à vida, mas estará sempre irradiando uma advertência de encanto,
de alegria de que - apesar de tudo - vale a pena. 

Yan Marten - Tradução de Benedicto Ferri de Barros